O que é TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) (CID F90) é um transtorno neurobiológico caracterizado pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade.
O TDAH aparece na infância e na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. A apresentação predominantemente desatenta é conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
É importante dizer que o TDAH não é uma doença, portanto, não existe uma cura para solucioná-lo e sim um tratamento para melhor conviver com ele.
Os sintomas de TDAH podem se manifestar no início da infância; no entanto, o diagnóstico pode ficar mais evidente a partir do momento que a criança vai para a escola, pois a criança com TDAH pode apresentar dificuldade em prestar atenção à aula, responder as questões sem terminar de ler e não conseguir ficar parado.
Sintomas de TDAH
O DSM-5 tem alguns critérios que definem o diagnóstico de uma criança ou adulto com TDAH.
Em primeiro lugar, é necessário que a pessoa apresente um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfira no funcionamento e no desenvolvimento.
Para tanto, ela precisa apresentar sintomas destes dois aspectos.
Sintomas Comuns de Desatenção:
• Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades
• Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
• Não escutar quando lhe dirigem a palavra
• Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho
• Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades
• Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.)
• Perder objetos necessários às tarefas ou atividades
• Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados)
• Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.
• Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira
• Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.)
• Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude
• Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente
• Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc.
• Falar demais
• Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros
• Ter dificuldade de esperar a sua vez
• Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.
Em geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes (com mais de 17 anos), é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.
Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade e em mais de dois ambientes, como a casa, escola, trabalho, com amigos.
É preciso haver evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional ou de que reduzem a sua qualidade. E os sintomas não devem ser mais explicados dentro de outro transtorno mental, como transtorno bipolar, transtorno de personalidade, entre outros.
Tipos
O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:
• Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e hiperatividade-impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses
• Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são
• Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são
Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:
• Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional
• Moderado: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes
• Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.
Causas
Quais são as causas do TDAH?
♦ Fatores genéticos
♦ Anormalidades cerebrais
♦ Baixo peso ao nascer
♦ Mãe fumante na gravidez
♦ Abuso infantil
♦ Negligência
♦ Múltiplos lares adotivos
♦ Exposição a neurotoxinas (chumbo).
O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no mundo. Entretanto, existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).
Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo (manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da questão, com múltiplas causas e fatores de risco.
Assim, ainda continua difícil precisar a influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do transtorno, havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.
Tratamento de TDAH
O tratamento precoce do TDAH é o “ponto-chave” para que a vida daqueles que têm o transtorno seja mais saudável, produtiva e com mais qualidade. Por isso é imprescindível que os sintomas sejam logo identificados e tratados corretamente.
Prevenção
A Neurociência ainda não sabe dizer ao certo de que forma é possível prevenir a ocorrência de TDAH. O que se conhece hoje são formas que ajudam a reduzir o risco de seu filho desenvolver o distúrbio.
Confira alguns exemplos:
♥ Durante a gravidez, evite fazer uso de substâncias que possam prejudicar o desenvolvimento fetal. Não beba bebidas alcoólicas, evite cigarros e outras drogas. Evite, também, a exposição a toxinas ambientais
♥ Proteja seu filho da exposição a poluentes e toxinas, incluindo a fumaça de cigarro, produtos químicos agrícolas ou industriais e chumbo.
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